quinta-feira, 16 de julho de 2009

Será que nêgo foi mesmo à Lua?

por Zezé Brandão


Quando você vê filmes como “O Dia Depois de Amanhã”, “Eu Sou a Lenda”, “Marte Ataca”, “Guerra nas Estrelas”, “2001” e mais milhares de outros desse mesmo tipo, produzidos pelos americanos às pencas, e há décadas, você tem todo o direito de se perguntar se esses gringos pisaram mesmo na lua em 1969, ou se somos todos vítimas de uma farsa que perdura há quatro décadas.

Pelo mundo afora, grupos, alguns organizados em comunidades na internet, baseados em argumentos ora sólidos, ora frágeis, discutem as possibilidades, para eles bem reais, de termos todos sido enganados pelo que eles chamam de “factóide Apollo 11”.

Da maneira como tremulou a bandeira americana fincada na lua – bandeira tremula no vácuo? – à, garantem, improbabilidade de seres humanos sobreviverem àquele ar (falta de) rarefeito, motivos não faltam aos descrentes (quiçá aos realistas) para suspeitar que tudo não passou de uma demonstração de poderio dos Estados Unidos ante à agressiva conduta da União Soviética em relação à corrida espacial. Pousar homens na lua, que caminhariam sobre aquele solo e hasteriam as “stars and stripes forever”, tremulantes de patriotismo, mostraria aos russos, e ao mundo, que a América não era fraca, não.

E o efeito desejado foi atingido em cheio. Se nossos queixos cairam, imagine os dos russos. Aliás, a União Soviética foi ficando tão jururu depois que perdeu o bonde da lua que 20 anos depois já nem era mais a União Soviética.

Agora, fala sério: com a precariedade da tecnologia televisiva dos anos 60 (por aqui nem era colorida) e a crença mundial de que os Estados Unidos eram capazes de tudo – só agora essa crença desmoronou –, que dava para montar um espetáculo daqueles em estúdio, ah, isso dava.

Pensando bem, tanto faz se os americanos pisaram ou não na lua em 1969. Se foi só uma fraude, convenhamos que o segredo ficou muito bem guardado. Se foi verdade, o que é que nós ganhamos, ou perdemos, com isso? Mas, pensando melhor, o quê mesmo eles foram fazer lá, fora o fato de encher profundamente o saco da União Soviética?


Zezé Brandão é publicitário, sócio da Limonada Publicidadee co-autor do livro A Vida Não é Um Limão, A Vida é Uma Limonada.

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