sexta-feira, 10 de julho de 2009

Em estado de… mudança!

É isso mesmo. Estamos sempre mudando. Todos os dias, em todos os momentos, em nosso “diálogo interno” nos propomos a mudar. A intenção é quase sempre a mesma: sermos melhores.

Acredito que queiramos ser mais leves e a contradição está em nos cobrarmos sempre pelo que não fazemos. Pela casa que não cuidamos como deveríamos, pelas crianças que não levamos para passear, pelos pais que não fomos visitar, pelos livros que ainda não lemos, pelo prato predileto que deixamos de preparar para quem amamos, pelo amigo a quem não demos aquele telefonema no dia do seu aniversário... E isso tudo sempre tem um porquê: nos falta TEMPO.

Mas que tempo é esse? Esse é o tempo que dispensamos em busca da tal felicidade? Não... Esse é o tempo que nos empenhamos em ser melhores no trabalho, em ganhar dinheiro, em ficar bonito, em fazer o dito network.
Até que ponto vale a pena ser o melhor no trabalho, se não há com quem dividir essa vitória? Ganhar dinheiro e não ter consigo aquilo que se é dado de graça quando se tem um amigo de verdade, ou ainda, ficar bonito, se a nossa verdadeira beleza está escondida por detrás do nosso orgulho e da nossa vaidade fútil?

Me peguei pensando em tudo isso e tive como exemplo, acreditem ou não, Michael Jackson.
Ele foi o “Rei do Pop”, o que mostra que atingiu o ápice de sua carreira profissional; tinha montanhas de dólares, o que fez dele um megalomaníaco; e, finalmente, diante de seus medos e fantasmas do passado, quis ficar bonito. Bonito para quem? Enxergo suas loucuras plásticas de uma forma muito triste:
Michael se transformou por fora no que ele já era por dentro.

Isso me dá paura, me dá angústia! Não quero isso para mim, para a minha vida.
Prefiro ter amigos de verdade, um companheiro de verdade, filhos de verdade, uma casa de verdade e muito, muito amor de verdade.
De que vale a vida, o dinheiro, a carreira, a beleza, se por dentro morrermos vazios e podres com a sensação de que nada valeu a pena?

Marina Chiolino é diretora comercial da Revista Boemia. Tem um humor cheio de altos e baixos e está tentando deixar de adorar uma encrenca

marina@paginatres.com.br

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