quarta-feira, 8 de julho de 2009

O trânsito louco de Araraquara

Essa coluna devia ser da Marina, é uma coluna à “Dona Encrenca”. Como o desabafo é meu, tomei a liberdade de fazê-lo.

Ontem, ao sair da agência, em um dos muitos “Pare” da cidade, numa rua escura depois de todos os carros passarem, olhei prum lado, olhei pro outro. Nada. Fui. Por trás do último carro passava uma bicicleta que surgiu no meu campo de visão a centímetros do meu parabrisas.

O rapaz da bicicleta olhou pra mim com aquela cara de “não olha por onde anda não?”. E o pior, ele estava certo. Não fosse por um detalhe: um ciclista de preto, em uma bicicleta preta, sem nenhuma faixa refletora, numa rua escura.

Não aconteceu nada e eu sai de lá, meio encucado, meio aliviado, pensando no assunto. No caminho pra casa, fui olhando para as muitas bicicletas que andam pela cidade. Dizem que a gente presta atenção naquilo que aontece conosco para comprovar que estamos certos, mas, coincidência ou teoria de conspiração, não vi uma única bicicleta com faixas refletoras, luzes de segurança, enfim, alguma maneira de chamar a atenção dos carros dessa Araraquara-Pequim onde em volta do mar de carros há um outro mar, invisível, de ciclistas errantes que passarão à sua frente como homens morcego. E que estarão certos no que rege a lei.

Mas eu me pergunto: Há compensação financeira que paga o atropelamento de um ciclista? Ou a noite de sono de um motorista enterrado em sua culpa?

Juliano Brandão é paulistano e está acostumado com o trânsito frenético de São Paulo. Está aprendendo que o trânsito de Araraquara é MUITO mais louco. Recomenda que os ciclistas usem equipamentos de segurança - e isso inclúi faixas refletoras laterais, frontais e traseiras e luzes de segurança noturnas, até porque fazem parte da legislação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário