Acho que há mídia impressa e mídia impressa (redundância?). Explico: A Revista Boemia não tem a pretensão de trazer no papel o imediato, a notícia. O nosso ideal é suscitar a discussão, alimentar a conversa, contar historias (as que ontem eu declarei moribundas - alguém precisa mantê-las respirando, oras). Revista Boemia é roda de bar.
Nos anos noventa, uma campanha publicitária dizia: “Tá sem assunto? É melhor você começar a ler o Estadão.” Hoje, você continua sem assunto no fim do dia se tiver lido o jornal (seja ele qual for) entregue de manhã e fechado às 23h30 da noite anterior.
E o caminhão que tombou na marginal ao meio dia e parou São Paulo por quatro horas? E o avião que caiu no Cazaquistão as três da tarde? E o súbito acordo de paz entre Ugandenses do norte e Etíopes centrais?
Exagero? Talvez um pouco. Alarmismo? Talvez outro tanto. Mas o gráfico abaixo fala por si só.
PS do PS: O gráfico é cortesia do Update or Die
Juliano Brandão é publicitário, interneteiro, twitteiro, palpiteiro, dublê de jornalista da Revista Boemia, blogueiro pra manter a rima e acha que a internet vai dominar o mundo, Pinky.
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