quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Como anda a saúde da mídia impressa?

É no mínimo estranho fazer essa pergunta no blog de uma revista, mas receber um “update” as cinco da tarde da Revista Veja sobre o apagão de ontem, coloca essa questão na minha cabeça.

Acho que há mídia impressa e mídia impressa (redundância?). Explico: A Revista Boemia não tem a pretensão de trazer no papel o imediato, a notícia. O nosso ideal é suscitar a discussão, alimentar a conversa, contar historias (as que ontem eu declarei moribundas - alguém precisa mantê-las respirando, oras). Revista Boemia é roda de bar.

Nos anos noventa, uma campanha publicitária dizia: “Tá sem assunto? É melhor você começar a ler o Estadão.” Hoje, você continua sem assunto no fim do dia se tiver lido o jornal (seja ele qual for) entregue de manhã e fechado às 23h30 da noite anterior.

E o caminhão que tombou na marginal ao meio dia e parou São Paulo por quatro horas? E o avião que caiu no Cazaquistão as três da tarde? E o súbito acordo de paz entre Ugandenses do norte e Etíopes centrais?

Exagero? Talvez um pouco. Alarmismo? Talvez outro tanto. Mas o gráfico abaixo fala por si só.



PS: O Wall Street Journal tem um sistema em que detreminadas matérias são grátis, outras não. E você pode acessar o conteúdo total por duas semanas antes de decidir pagar ou voltar apenas ao conteúdo aberto. “Try before buy”. De novo, o gráfico fala por si só.

PS do PS: O gráfico é cortesia do Update or Die


Juliano Brandão é publicitário, interneteiro, twitteiro, palpiteiro, dublê de jornalista da Revista Boemia, blogueiro pra manter a rima e acha que a internet vai dominar o mundo, Pinky.

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